Manter uma boa higiene bucal é de suma importância para a saúde dos dentes e gengivas. Neste sentido, uma das questões que frequentemente preocupa pacientes em uma visita odontológica é o tártaro.
Contudo, o que é o tártaro, exatamente? Como ele se forma e quais são os riscos associados a ele? Essas e outras perguntas podem vir à mente quando estamos abordando este assunto.
Deste modo, a fim de trazer uma visão mais ampla e detalhada sobre o tártaro e, além disso, responder todos os questionamentos relacionados a ele, preparamos um conteúdo completo!
Se você deseja entender melhor do que se trata e, assim, como cuidar da sua saúde bucal, fique conosco até o final. Aproveite também para tirar todas as suas dúvidas sobre este problema bucal. Vamos lá?
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Em primeiro lugar, o que é o tártaro?
O tártaro, também conhecido como cálculo dental, é uma placa bacteriana que endurece na superfície dos dentes. Esta substância adere firmemente ao esmalte dos dentes e pode se acumular abaixo da linha da gengiva.
Desta forma, vale a pena entender que o tártaro pode variar em cor, de amarelo a marrom, e é consideravelmente mais difícil de remover do que a placa, que é uma massa bacteriana macia e incolor.
Quando não retirado por meio de uma consulta odontológica, o paciente pode acabar lidando com algumas complicações. É o caso, por exemplo, da gengivite e da doença periodontal.
Inclusive, em casos mais graves de tártaro não tratado, o paciente pode perder um ou mais dentes. Portanto, é muito importante identificar o problema e, logo em seguida, procurar o auxílio de um dentista de sua confiança.
Mas calma que separamos um tópico somente para falar dos riscos que acompanham o tártaro. Assim, será possível entender que ele não é somente um problema comum que pode ser ignorado.
Como o tártaro se forma nos dentes?
O processo de formação do tártaro começa com o acúmulo de placa bacteriana. Ou seja, quando os alimentos, especialmente aqueles ricos em açúcar e amidos, são consumidos, as bactérias na boca os decompõem, formando ácidos.
Esses ácidos, juntamente com saliva e partículas de alimentos, formam a placa. Sem uma higiene bucal adequada, a placa pode endurecer e se transformar em tártaro em apenas 24 a 72 horas.
Desta maneira, é essencial que o paciente mantenha uma boa higiene bucal, realizando a escovação dentária de forma diária e após cada refeição, além de, é claro, usar o fio dental também.
Além disso, outro cuidado que não pode ser negligenciado pelo paciente é o acompanhamento odontológico. Ou seja, fazer visitas regulares ao seu dentista de confiança.
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Quais são os principais riscos?
O tártaro não é apenas um problema estético. Ou seja, a sua presença pode levar a várias complicações de saúde bucal. Isso, principalmente quando o paciente não busca a ajuda necessária.
Sendo assim, aproveite para conferir conosco quais são os riscos que acompanham este problema:
1. Gengivite e periodontite
A acumulação de tártaro nas linhas da gengiva pode levar à inflamação das gengivas, conhecida como gengivite. Se não tratada, pode evoluir para periodontite, uma condição mais grave que afeta os tecidos e os ossos que sustentam os dentes.
Neste momento, vale a pena ressaltar que a principal causa da periodontite é a má higiene bucal, que permite o acúmulo de placa bacteriana nos dentes e gengivas.
Os sintomas incluem gengivas vermelhas, inchadas e que sangram facilmente, mau hálito persistente, retração gengival, formação de bolsas entre as gengivas e os dentes, e mobilidade dentária.
Sendo assim, se não tratada, a periodontite pode levar a complicações graves, como a perda dos dentes, aumento do risco de doenças cardiovasculares, diabetes, problemas respiratórios e complicações na gravidez.
O tratamento da periodontite envolve a remoção mecânica da placa bacteriana e do tártaro, que pode ser realizada através de limpeza profunda (raspagem e alisamento radicular) e, em casos mais avançados, pode ser necessária cirurgia para reduzir as bolsas periodontais e regenerar tecidos danificados.
2. Mau hálito
O famoso mau hálito também é um problema que pode estar relacionado com o tártaro. A halitose, como também é conhecida, é uma condição caracterizada pelo odor desagradável exalado na respiração.
Pode ser causada por diversos fatores, incluindo má higiene bucal, doenças gengivais, cáries, boca seca, infecções respiratórias e certas condições sistêmicas como diabetes e problemas digestivos.
Os sintomas mais evidentes da halitose são o cheiro desagradável na boca que persiste, mesmo após a escovação e o uso de enxaguantes bucais, podendo causar uma série de problemas sociais.
Além disso, a halitose pode ser um indicativo de problemas de saúde subjacentes que precisam de atenção. Por isso, é muito importante ficar atento ao seu surgimento e procurar um dentista de sua confiança.
O tratamento da halitose depende da causa subjacente, mas geralmente inclui uma rigorosa higiene bucal, que abrange a escovação dos dentes, o uso do fio dental e a limpeza da língua.
Portanto, o acompanhamento regular feito com um dentista de confiança é essencial para identificar e tratar problemas dentários e gengivais.
3. Cáries e perda de dentes
O acúmulo prolongado de tártaro pode levar ao desenvolvimento de cáries e, em casos graves, à perda de dentes.
Deste modo, é importante lembrar que a cárie nada mais é do que uma doença dental que ocorre quando os ácidos produzidos pelas bactérias na placa bacteriana corroem o esmalte dos dentes, resultando em cavidades ou lesões.
Esta condição é frequentemente causada pela ingestão excessiva de açúcares e carboidratos refinados, má higiene bucal e falta de flúor.
Os sintomas iniciais da cárie incluem manchas brancas ou escuras no dente, sensibilidade ao frio ou calor, dor ao mastigar e mau hálito persistente. À medida que a cárie avança, pode causar dor intensa, infecções e abscessos dentários.
Sendo assim, a falta de tratamento da cárie pode levar a complicações graves, como a perda do dente afetado, propagação da infecção para os tecidos adjacentes e até para outras partes do corpo, causando problemas de saúde sistêmicos.
Para tratar a cárie, é essencial remover a parte danificada do dente e restaurá-lo com uma obturação (restauração dental).
Deu para entender que não estamos falando de uma condição odontológica que pode ser ignorada? Por isso, tenha sempre em mente que a sua saúde bucal deve ser tratada como uma prioridade.
4. Manchas visíveis nos dentes
O tártaro tem coloração amarelada, acastanhada ou até esverdeada, dependendo da sua composição e do tempo em que está acumulado na superfície dental. Essas manchas são facilmente percebidas ao sorrir, especialmente nos dentes inferiores e próximos à linha da gengiva.
Diferente da placa bacteriana, que pode ser removida com escovação diária, o tártaro é uma estrutura endurecida. Por isso, não sai com escova de dente, fio dental ou enxaguante bucal.
Ou seja, apenas a remoção profissional, por meio da profilaxia odontológica, consegue eliminar esses resíduos.
Além de comprometer a estética do sorriso, as manchas causadas pelo tártaro afetam a autoestima e podem transmitir a impressão de má higiene bucal, mesmo que a pessoa escove os dentes com frequência.
5. Dificulta a higiene bucal
O acúmulo de tártaro forma uma camada espessa e áspera sobre os dentes, especialmente nos locais de difícil acesso. Isso dificulta a ação das cerdas da escova e impede que o fio dental deslize corretamente entre os dentes.
Como resultado, restos de alimentos e placa bacteriana continuam se acumulando, mesmo após a escovação. Esse ciclo favorece o aparecimento de novas cáries, gengivite e mau hálito, além de aumentar a chance de inflamações constantes na gengiva.
Portanto, quanto mais tártaro uma pessoa acumula, mais difícil se torna manter a higiene bucal eficaz. Por isso, a remoção periódica com um dentista é essencial para restaurar a superfície dos dentes e facilitar a limpeza no dia a dia.
Como evitar o acúmulo de tártaro?
Quando falamos do tártaro, é fundamental ressaltar que a prevenção é fundamental. Ou seja, o ideal é que o paciente coloque em prática uma série de cuidados bucais para evitar o seu acúmulo.
Dentre as práticas recomendadas por um dentista para um paciente com tártaro, nós podemos destacar as seguintes:
- Escovação Regular: Escovar os dentes pelo menos duas vezes ao dia com uma pasta de dente fluorada é essencial para remover a placa.
- Uso do Fio Dental: O fio dental diário é necessário para remover a placa entre os dentes e abaixo da linha da gengiva, locais que a escova de dentes normalmente não alcança.
- Alimentação Saudável: Evitar excessos de açúcar e amidos, e manter uma dieta equilibrada, contribui para a saúde bucal.
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Mas afinal, qual o impacto na saúde geral?
Muita gente acredita que o tártaro afeta apenas os dentes, mas a verdade é que ele pode trazer sérias consequências para a saúde como um todo. Isso acontece porque as bactérias presentes no tártaro podem entrar na corrente sanguínea por meio da gengiva inflamada.
Esse processo pode agravar ou até contribuir para o surgimento de doenças sistêmicas, como problemas cardíacos, diabetes descontrolado e doenças respiratórias.
Diversos estudos já associaram a presença de doenças periodontais com o aumento do risco de infarto, AVC e complicações em pacientes com diabetes.
Além disso, em gestantes, a inflamação gengival causada pelo tártaro pode estar relacionada a partos prematuros e bebês com baixo peso ao nascer. Por isso, manter a saúde bucal em dia é uma forma de proteger não só o sorriso, mas o bem-estar geral.
Qual a importância de um dentista?
O acompanhamento odontológico com um dentista de sua confiança é fundamental tanto para a prevenção do tártaro quanto para o seu tratamento. Afinal de contas, ele pode ser removido por um profissional especializado.
Aqui, o tratamento é feito por meio de um processo chamado raspagem. Nesse momento, o dentista responsável utiliza ferramentas especiais para remover o tártaro acima e abaixo da linha da gengiva.
Além disso, agendar visitas regulares ao dentista para limpezas profissionais é crucial. Recomenda-se uma limpeza a cada seis meses, ou conforme recomendado pelo seu dentista.
Qual a frequência ideal de remoção profissional?
A remoção do tártaro só pode ser feita por um dentista, por meio de procedimentos como a profilaxia e raspagem. Ou seja, escova e fio dental não são capazes de eliminar o tártaro, apenas prevenir sua formação.
De forma geral, o ideal é visitar o dentista a cada 6 meses para uma avaliação completa e, se necessário, realizar a limpeza profissional. Esse intervalo pode variar de acordo com o perfil de cada paciente e o risco de acúmulo de tártaro.
Pacientes com histórico de gengivite, uso de aparelho ortodôntico, boca seca ou doenças periodontais devem passar por limpezas mais frequentes, muitas vezes a cada 3 ou 4 meses. O dentista pode definir a melhor frequência com base na saúde bucal e hábitos do paciente.
Lembre-se de que a saúde bucal é um componente crítico da saúde geral, e manter os dentes e gengivas saudáveis requer um compromisso contínuo com boas práticas de higiene e cuidados regulares com um profissional.
Caso queira o acompanhamento com uma equipe de profissionais especialistas no assunto, entre em contato com a D’Amaro Odontologia. Nós estamos devidamente aptos para te ajudar!
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